David Jara, o mergulhador que registrou imagens inéditas do raro peixe Diabo Negro (Melanocetus johnsonii), reapareceu nas redes sociais para esclarecer algumas dúvidas sobre o encontro. Ele compartilhou novas imagens e forneceu detalhes sobre a experiência, desmistificando alguns rumores que circularam desde a descoberta.
Segundo Jara, o animal não possuía mais de 6 centímetros de comprimento e não demonstrou qualquer comportamento agressivo. "Ele estava mais desorientado do que qualquer outra coisa", explicou. O mergulhador também confirmou que se tratava de uma fêmea, já que os machos não ultrapassam 2 ou 3 centímetros e não possuem a antena bioluminescente característica da espécie.
Por que a Diaba Negra estava tão perto da superfície?
A aparição do Diabo Negro próximo à superfície gerou muitas especulações, pois esse peixe normalmente habita profundezas que podem ultrapassar 2.000 metros. Jara mencionou três hipóteses principais para explicar esse comportamento incomum:
1. Doença: O animal poderia estar debilitado e, por isso, perdeu a capacidade de permanecer nas profundezas.
2. Corrente ascendente: Uma corrente marinha pode ter levado o peixe involuntariamente para cima.
3. Fuga de predador: O Diabo Negro poderia estar tentando escapar de um predador e acabou se deslocando para uma zona atípica.
Infelizmente, como muitos já sabem, o peixe não sobreviveu. Seu corpo foi doado ao Museu de Natureza e Arqueologia de Tenerife, onde será preservado para estudos científicos.
David Jara finalizou sua declaração agradecendo o apoio recebido da organização Vida Marinha, que ajudou a documentar e divulgar essa descoberta rara.
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